Tudo sobre a raça Bulldog Francês

Tudo sobre a raça Bulldog Francês

Tudo sobre a raça Bulldog Francês

O Buldogue Francês é um excelente cão de companhia: dócil, afetuoso, fiel, digno de confiança e corajoso.

Tem determinação, força, atividade e uma grande independência. Gosta de brincar com crianças e é dotado de um enorme auto-controle e um bom sentido de humor, demonstrando todo o seu afeto.

É um cão que desenvolve hábitos de higiene, preferindo colocar os seus dejetos sempre no mesmo local, o que os torna muito próprios para o convívio em apartamentos.

Estes baixinhos troncudos chamam a atenção por onde passam. Com sua cabecinha quadrada e divertidas orelhas de morcego, focinho largo e sua pele da cabeça que parece estar “sobrando” de algum lugar, o Bulldog Francês ou Frenchie Bulldog, como é comumente chamado, é um cão de pequeno porte robusto e muito engraçado. Apesar de controversa, a origem desta raça é atribuída aos parisienses e surgiu durante o século XIX. Nesta época, durante a Revolução Industrial, muitos imigrantes ingleses se instalaram no norte da França, e traziam consigo pequenos bulldogs chamados de toy bulldogs. Do outro lado, na Bélgica e na França, já existiam pequenos cães chamados de terriers boules ou ratiers, que eram raças desenvolvidas para a caça de ratos, resultado de cruzamentos entre pugs, affenpinschers e alguns terriers. Historiadores dizem que o bulldog francês surgiu da mistura entre estes dois tipos de cães, ou seja, os boules e os toy bulldogs.

Estes cães tornaram-se populares entre açougueiros, comerciantes, sapateiros, vendedores ambulantes, etc., transformando-se em estrelas dos ofícios humildes e bairros de Paris considerados populares na época, como Pantin, Belleville e Lês Halles. Pouco tempo depois, os Bulldogs Franceses conquistaram seu espaço entre as mulheres da Belle Époque (período de profundas transformações culturais) por seu aspecto excêntrico. O Bulldog Francês já serviu de inspiração para muitos pintores franceses, como Toulouse-Lautrec, que imortalizou o cão em seu quadro “Le Marchand de Marrons” (O vendedor de castanhas portuguesas) em 1901. Hoje, apesar de exótica, a raça desfruta de grande notoriedade no mundo todo. O Bulldog Francês foi reconhecido como raça em 1894 pela “Sociedade Central Canina” na França, ano em que foi fundado o Clube do Bulldog Francês, resultado da união entre dois clubes pré-existentes.

Temperamento do Buldogue Francês

Filhotes de Bulldog FrancêsO temperamento do Buldogue Francês também confere um tom especial à raça, são cães normalmente alegres, companheiros, brincalhões e muito inteligentes. Eles necessitam, acima de tudo, de contato constante com humanos. Suas necessidades de exercícios são mínimas e variam de cão para cão. Eles tem picos de energia durante o dia, mas em geral são cães tranquilos.

Quais os cuidados especiais com o Bulldog Francês?

O Buldogue Francês também precisa de diversos cuidados especiais.

• Ele precisa estar sempre arejado e fresco, não podendo em hipótese alguma ficar com muito calor. A troca de calor é feita pelos cães através da salivação e do focinho, e como cães com a “cabeça achatada” tem um focinho muito curto, ficam prejudicados neste quesito.
• Podem ter problemas de ouvido
• É bom estar atento às rugas da face, limpando-as com frequência. A limpeza pode ser feita com soro fisiológico e gaze. Tome cuidado para não deixar o local úmido. Seque bem.
• Precisam de pouco exercício. Se você notar que seu cão está cansado, pare. Uma caminhada curta de 15 minutos é o suficiente pra suprir suas necessidades.
• A maioria não consegue nadar. O melhor é não incentivá-lo. Buldogues não são cães ligados à água, como os retrievers, por exemplo.
• Não crie Buldogues no quintal. É uma raça que além de ser apegada ao dono, não lida bem com mudanças climáticas. É uma raça para viver em apartamento, confortavelmente, com temperatura amena e ao lado do seu dono.
• Buldogues Franceses roncam, como todo cão sem focinho. Esteja preparado para isso.
• Não é preciso tosá-los.

Como o Bulldog Francês é com pessoas estranhas?
Salvo Buldogues que crescem enclausurados e afastados do convívio social, o que não é nada indicado, os cães da raça são simpatia pura com todo mundo. Podem dar três ou quatro latidos para avisar que as visitas chegaram, mas nada que represente hostilidade. Pelo contrário. Já recepcionam os visitantes abanando a cauda, que, aliás, de tão curta, ocasiona um típico rebolado geral na região posterior. Também pede carinho aos convidados e, volta e meia, os chama para brincar, levando seus brinquedos até eles.

O Buldogue Francês late muito?
Buldogue Francês num lagoDiscreto por natureza, o Buldogue Francês late pouco e, quando o faz, é em tom rouco e baixo. Só se manifesta com latidos quando chegam visitas ou diante de acontecimentos que fujam da rotina. Mesmo assim, histeria não é com ele. Dá o seu aviso e logo se aquieta novamente.

 


Padrão da raça Bulldog Francês

Corpo: É um cão compacto, forte, com crânio e massa de focinho potentes, orelhas naturalmente eretas, cauda naturalmente curta, enfim, um buldogue com um pequeno tamanho, a pelagem é curta.

Peso: ~ 8-14kg

 

HISTÓRIA DA RAÇA BULLDOG FRANCÊS

A origem do Bulldog Francês é controversa, mas é de opinião geral que seu berço é francês e que pertence ao grupo dos molossos.
Molossos são cães, na sua maioria, pesados, ossudos, de cabeça maciça, redonda ou em cubo, focinho em geral curto; lábios espessos e longos, stop considerável, corpo maciço, e tórax amplo. Diz-se que esses cães têm como ancestral em comum o antigo “molosso tibetano”.

A Revolução Industrial – ocorrida em meados do século XIX – provocou a migração de artesãos ingleses, especialmente da região de Nottingham (Inglaterra), para o extremo norte da França, na região de Calais e Normandia. Esses artesãos ingleses carregavam consigo pequenos buldogues, chamados de “toy bulldogs”.

O que eram os “toy bulldogs” é bastante especulado. Há quem diga que eram miniaturas de buldogues ingleses, escórias dos criatórios tradicionais que almejavam cães grandes e fortes. Há quem diga que resultados de acasalamentos entre buldogues ingleses, pugs e terriers de terras inglesas.

Por sua vez, em terras Belgas e Francesas, existam os “Terriers Boules ou Ratiers”. Havia inclusive criadores dessa raça caçadora de ratos! Monsieur Charles Petit foi um parisiense, que criou terrier boules na Bélgica por muitos anos, antes de retornar à França com seus melhores cães. Os historiadores contam que entre os ancestrais dos terriers boules estão os pugs, os affenpinschers e alguns terriers.

Em solo francês, os toy bulldogs e terrier boules acasalaram-se e, os frutos dessa mistura agradaram. Eram ótimos no extermínio de roedores e bons de companhia. Em pouco tempo espalharam-se pelo país. Estes foram os primeiros exemplares dos “bouledogues françaises” (BULLDOGS FRANCESES)!

Os açougueiros e ajudantes do matadouro de La Villette, em Paris, foram os primeiros a criar o Bulldog Francês. Depressa foram imitados por cocheiros, sapateiros, vendedores ambulantes de frutas e até por agentes da polícia que se entusiasmaram com o pequeno Boule (Boule é a apócope de Bouledogue Français, nome francês do Bulldog Francês). Nos cafés organizavam-se reuniões para comparar os melhores exemplares; trocavam-se conselhos e, sobretudo, tentava-se obter cães mais fortes sem medir sacrifícios. Transformado na estrela de Paris dos ofícios humildes, o boule freqüentava os bairros populares de Pantin, Belleville e Lês Halles. O seu físico, o seu tamanho reduzido, a sua peculiar fisionomia, o seu caráter absolutamente encantador começaram a impor-se e a cativar os cada vez mais numerosos aficionados dos cães de cara chata.

Pouco depois, o Boule introduzir-se-ia nas casas públicas onde as mulheres de Belle Époqueo adotaram por causa do aspecto excêntrico. Imortalizado por Toulouse-Lautrec no seu quadroLe Marchand de Marrons (O Vendedor de Castanhas) em 1901, o Bulldog Francês percorria como um conquistador os Champs Elysées, os grandes boulevards, o Bois de Boulogne…

Mistinguett, Colette, Mac Orlan, o rei Eduardo VII e alguns grandes duques da coete da Rússia rendiam-se ao encanto deste pequeno cão exótico, cujo corpo musculoso e andar gingado evocavam os rufiões da feita. Este repentino interesse, fomentado pela tout Paris contribuiu em grande medida para o auge do Bulldog Francês que ainda hoje, apesar da raça ser considerada “exótica”, desfruta de grande notoriedade, principalmente no exterior.

Em 1888, foi fundado o 1º clube do Bulldog Francês oficial da raça, chamado “Clube Marcel Roger”. Nesta ocasião, o primeiro padrão do buldogue francês foi descrito:

  • aspecto de “pequeno Hércules”;
  • garganta larga e quadrada;
  • trufa arrebitada e retraída;
  • orelhas curtas e arredondadas;
  • exemplares com orelhas eretas devem formar outra classe em exposições;
  • machos devem pesar até 15 kg;
  • fêmeas devem pesar até 12,5 kg.

Em 1890, foi fundado o 2º clube francês oficial da raça, “Clube dos Amantes do Bulldog Francês”.

Em 1894, a “Sociedade Central Canina”, reconheceu o Bulldog Francês como raça e pediu a união dos dois clubes pré-existentes, dessa maneira, foi fundado o “Clube do Bouledogue da França”.

Assim, era possível ler na imprensa especializada: “Nós, ingleses, que sempre tivemos um grande afeto pelo nosso cão nacional (Bulldog Inglês), teremos que repudiar esse pequeno monstro indescritível que trouxeram para o nosso país, por mais que o chamem de Buldogue Francês”.

A raça foi reconhecida nos EUA em 1898. . Foram eles que organizaram o 1º clube do Bulldog Francês do mundo e foram eles que insistiram com as “orelhas de morcego”.

Um ponto de interesse histórico do Bulldog Francês: um Boule que foi segurado pelo valor “astronômico” (para a época) de U$750,00 (setecentos e cinquenta dólares) estava a bordo do famoso e naufragado Titanic. Seu nome era Gamin De Pycombe, propriedade do banqueiro Mr. Robert W. Daniels.

Realmente, o bulldog francês é uma das poucas raças que deve sua existência aos esforços de criadores de diferentes países, França, Bélgica e Estados Unidos.

Características Físicas:

Classificação F.C.I.:
Grupo 9 – Cães de Companhia
Seção 11 – Cães Molossos de Pequeno Porte
Padrão FCI no 101 – 06 de abril de 1998.
País de origem: França
Nome no país de origem: Bouledogue Français
Utilização: Companhia, guarda e lazer
Sem prova de trabalho.

 

APARÊNCIA GERAL DO BULLDOG FRANCÊS: tipicamente um molossóide de pequeno porte. Poderoso para seu pequeno talhe, brevilíneo, atarracado em todas as suas proporções, de pêlo raso, de focinho curto e trufa achatada, de orelhas empinadas, com uma cauda naturalmente curta. Seu aspecto é de um animal ativo, inteligente, muito musculoso, de estrutura compacta e sólida ossatura.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: o Bulldog Francês é sociável, alegre, brincalhão, esportivo e esperto. Particularmente afetuoso com seus donos e com crianças.

CABEÇA: muito forte, larga e cubóide. A pele forma pregas e rugas quase simétricas. A cabeça do Buldogue Francês é caracterizada por uma retração da maxila com o crânio, ganhando em largura o que perdeu em comprimento.
REGIÃO CRANIANA

CRÂNIO: largo, quase plano com a testa muito arqueada. Arcadas superciliares proeminentes, separadas por um sulco sagital particularmente desenvolvido entre os olhos. O sulco não se prolonga para a testa. Crista occipital muito pouco desenvolvida.

STOP: profundamente acentuado.

REGIÃO FACIAL DO BULLDOG FRANCÊS

TRUFA: larga, muito curta, arrebitada, com narinas bem abertas, simétricas e inclinadas obliquamente para trás. A inclinação das narinas bem como a trufa arrebitada devem todavia permitir a respiração nasal normal.

CANA NASAL: larga, muito curta, apresentando pregas centrais simétricas, descendo sobre os lábios superiores (comprimento 1/6 do comprimento total da cabeça).

LÁBIOS: espessos, um pouco soltos e pretos. O lábio superior junta-se uniformemente com o inferior e oculta completamente os dentes que jamais devem estar visíveis. O perfil do lábio superior é descendente e arredondado. A língua jamais deve ficar à mostra.

MAXILARES: largos, quadrados, e poderosos. A mandíbula descreve uma curva ampla, projetando-se à frente dos maxilares. Com a boca fechada, a proeminência da mandíbula (prognatismo) é moderada pela curvatura dos ossos mandibulares.
Essa curvatura é necessária para evitar um afastamento muito grande da mandíbula.

DENTES: os incisivos inferiores de modo algum podem estar atrás dos superiores. A arcada dos incisivos inferiores é arredondada. Os maxilares não podem apresentar desvio lateral nem torção. O afastamento das arcadas dos incisivos não é rigorosamente limitado, a condição essencial é que os lábios superiores e inferiores se fechem bem justos de forma a ocultar completamente os dentes.

FACES: os músculos são bem desenvolvidos, mas sem relevo.

OLHOS: expressão alerta, de inserção baixa, bem longe da trufa e, principalmente, das orelhas; de cor escura, bastante grandes, bem redondos, ligeiramente protuberantes, sem deixar aparente qualquer traço do branco (esclerótica) quando o exemplar olha direto para a frente. A borda das pálpebras é preta.

ORELHAS: de tamanho médio, largas na base e arredondadas na ponta. Inseridas no alto da cabeça, sem ficarem muito próximas, e portadas eretas. A abertura da concha acústica é voltada para a frente. A pele é fina e macia ao toque.

PESCOÇO: curto, ligeiramente arqueado, sem barbelas.

TRONCO DO BULLDOG FRANCÊS

LINHA SUPERIOR: progressivamente ascendente no lombo para descender rapidamente na direção da cauda. Esse perfil da linha superior deve ser almejado por causa do lombo curto.

DORSO: largo e musculoso.

LOMBO: curto e largo.

GARUPA: inclinada.

PEITO: cilíndrico e bem profundo, costelas chamadas em barril, muito arqueadas.

ANTEPEITO: amplamente aberto.

VENTRE: retraído sem ser esgalgado.

CAUDA: curta, de inserção baixa na garupa, rente às nádegas, grossa na raiz, em espiral ou quebrada naturalmente e afilada na ponta. Mesmo em movimento, deve ser portada abaixo da horizontal. A cauda relativamente longa (sem ultrapassar a ponta do jarrete), quebrada e afilada, é admitida, mas não almejada.

MEMBROS DO BULLDOG FRANCÊS

ANTERIORES: vistos de perfil e de frente, são aprumados, paralelos e bem separados.

OMBROS: curtos, grossos, revelando uma musculatura firme e aparente.

BRAÇOS: curtos.

COTOVELOS: trabalham estreitamente ajustados ao corpo.

ANTEBRAÇOS: curtos, bem afastados, retos e musculosos.

CARPOS E METACARPOS: sólidos e curtos.

POSTERIORES: fortes e musculosos, um pouco mais longos que os anteriores, elevando, assim, o trem posterior. Vistos por trás e de perfil, as pernas são verticais e paralelas.

COXAS: musculosas, firmes, sem serem muito arredondadas.

JARRETES: bem descidos, nem muito angulados, nem, principalmente, muito retos.

METATARSOS: sólidos e curtos. O Buldogue Francês deverá nascer sem ergôs.

PATAS: as patas anteriores são redondas, pequenas, chamadas pés de gato, bem pousadas no solo, ligeiramente voltadas para fora. Os dedos são bem compactos, de unhas curtas, grossos e bem separados. As almofadas plantares e digitais são duras, espessas e pretas. Nos exemplares tigrados, as unhas devem ser pretas. Nos particoloridos (tigrados fulvos e brancos), e nos fulvos, a preferência será pelas unhas escuras, sem, entretanto, penalizar as unhas claras. As patas posteriores são bem compactas.

MOVIMENTAÇÃO: passadas fluentes, com os membros deslocando-se paralelamente ao plano médio do corpo.

PELAGEM DO BULLDOG FRANCÊS

PÊLO: lindo pêlo raso, cerrado, brilhante e macio.

COR:

  • uniformemente colorido fulvo, tigrado ou não, ou com manchas limitadas (Pied)
  • fulvo tigrado ou não, com manchas médias ou predominantes.

Fonte: CBKC / FCI
http://www.cbkc.org/padroes/pdf/grupo9/buldoguefrances.pdf


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